As centrífugas de laboratório são equipamentos essenciais para a separação de substâncias com diferentes densidades, utilizadas na preparação de amostras em áreas como biologia molecular, química, análises clínicas e indústria farmacêutica. A técnica de centrifugação vem sendo aplicada há mais de 120 anos em pesquisas médicas e industriais, sendo responsável por avanços científicos decisivos.
Primeiros experimentos com força centrífuga
Em 1806, Thomas A. Knight realizou os primeiros estudos sobre a força centrífuga em plantas. Já em 1864, o alemão Antony Prandtl criou um aparelho manual para separar gordura do leite, marcando o início das aplicações práticas da centrifugação. Poucos anos depois, em 1869, o suíço Frederich Miescher isolou a “nucleína” (hoje conhecida como ácidos nucleicos) usando centrifugação, um marco para a biologia molecular.
Avanços industriais e científicos
Em 1878, o engenheiro sueco Gustav de Laval desenvolveu o primeiro separador de leite com fluxo contínuo, aplicando turbinas a vapor. No final do século XIX, surgiram as primeiras centrífugas para tubos de ensaio, operadas manualmente e com velocidades de até 3.000 rpm. Em 1910, apareceram as primeiras centrífugas elétricas, acelerando o desenvolvimento da técnica.
A era das ultracentrífugas
O químico sueco Theodor Svedberg, ganhador do Prêmio Nobel em 1926, criou em 1923 a primeira ultracentrífuga analítica, capaz de atingir até 1.000.000 x g. Esse avanço revolucionou a separação de partículas subcelulares e biomoléculas. Na década de 1940, cientistas como Albert Claude e James Potter utilizaram centrifugação para isolar cromatina, ampliando o conhecimento sobre a estrutura celular. Durante a Segunda Guerra Mundial, houve uma corrida tecnológica para desenvolver centrífugas voltadas ao enriquecimento de urânio.
Expansão e modernização
Nos anos 1950, pesquisadores como Mykon K. Brakke e Norman G. Anderson refinaram técnicas de purificação de vírus e criaram rotores zonais para separação de partículas. A partir de 1956, marcas como Hermle consolidaram-se no mercado, oferecendo centrífugas modernas, versáteis e de fácil manuseio, com ampla gama de rotores e aplicações.
LMC-3000 Biosan
Aplicações atuais das centrífugas de laboratório
Hoje, as centrífugas laboratoriais estão presentes em praticamente todos os setores:
Mineração e petroquímica
Indústria química e farmacêutica
Hemocentros e diagnósticos clínicos
Alimentos, laticínios e polímeros
Energia e agricultura
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